No dia 21 de abril de 2010 foi assassinado brutalmente José Maria Filho, conhecido por Zé Maria do Tomé, líder comunitário e ambientalista, assassinado por denunciar as consequências da pulverização aérea de agrotóxicos e irregularidades na concessão de terras no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi, localizado na Chapada do Apodi, entre os municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré.
Desde 2011 a data faz parte da agenda de movimentos sociais e populares, religiosos, universidades e outros setores progressistas da sociedade civil, sendo lembrada na Semana Zé Maria do Tomé.
A V Edição da Semana Zé Maria do Tomé teve início hoje (20) com o debate “Água, direito e participação: Água do Aquífero Jandaíra”, na Comunidade do Tomé, a partir das 18h.
Outra novidade nesta V edição da Semana Zé Maria do Tomé é a realização do Seminário “Estado, violência contra os movimentos sociais e a luta pela terra: desafios da prática e da formação”, organizado pelo Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em Educação e Ensino (MAIE), C.A. de História e Laboratório de Estudos da Educação do Campo (Lecampo).
Segundo o professor José Ernandi, um dos organizadores do seminário, "é uma iniciativa, produzida a partir da disciplina Estado, Sociedade e Educação do Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino – MAIE  estamos realizando o II Seminário sobre Estado, Movimentos Sociais e Educação, intitulado: “Estado, violência contra os movimentos sociais e a luta pela terra: desafios da prática e da formação”, nos dias 22 e 23 de abril, desta vez em parceria com o Laboratório de Estudos da Educação do Campo – Lecampo e o Centro Acadêmico do curso de História da FAFIDAM".
Para o professor Ernandi, "Em sintonia com a dinâmica dos movimentos sociais da região jaguaribana, o Seminário se insere e se articula à programação da V SEMANA ZÉ MARIA DO TOMÉ, que se realiza nos municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré, no período de 20 a 25 de abril de 2015, envolvendo vários movimentos sociais da região do baixo vale do Jaguaribe, para lembrar o assassinato do líder comunitário Zé Maria do Tomé, ocorrido na Chapada do Apodi. O Seminário também se articula a comemoração dos 50 anos da experiência de educação popular de Paulo Freire em Angicos/RN. O Seminário e a Semana constituem-se em importantes eventos de luta dos trabalhadores rurais pela terra; contra a contaminação dos agrotóxicos na água, nas plantações e no ar, protagonizada pelo agronegócio do Projeto de Irrigação Apodi-Jaguribe; em defesa da agricultura familiar e agroecológica e exigência de punição aos assassinos Zé Maria do Tomé".
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